quinta-feira, 16 de julho de 2009

REENCARNAÇÃO

Havia um homem entre os fariseus, chamado Nicodemos, senador dos judeus. Este uma noite foi encontrar-se com Jesus e disse-lhe saibamos que o mestre, vindo da parte de Deus, porque ninguém pode fazer estes milagres, que tu fazes, se Deus não estiver com ele. Jesus respondeu-lhe, em verdade te digo, que se alguém não nascer de novo não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos, como pode um homem nascer sendo velho. Pode pôr ventura entrar pela segunda vez no ventre de sua mãe e nascer. Respondeu Jesus, em verdade, em verdade te digo, que se alguém não nascer da água e do espírito, não pode entrar no reino de Deus.

O que é nascido da carne é carne, e o que nascido do espírito é espírito. Não te maravilhes, de eu te dizer, importa-vos nascer de novo. O espírito sopra onde quer, e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde ele vem, nem para onde vai. Assim é todo aquele que nascido do espírito. Perguntou-lhe Nicodemos, como se pode fazer isto. Respondeu-lhe Jesus, tu es mestre em Israel, e não sabes estas coisas. Em verdade, em verdade te digo, que nos dizemos o que sabemos, e damos testemunhos do que vimos, e vos, com tudo isso, não recebeis o nosso testemunho. Se quando eu vos tenho falado das coisas terrenas, ainda assim não me credes, como podereis crer se eu vos falar das celestiais. ( João 2.1-12).

Ha outras passagens do evangelho que falam da reencarnação, de maneira clara, como as que se referem a Elias e João Batista, em Mateus 16, Marcos 6 e Lucas 9. Entretanto esta do encontro de Jesus com Nicodemos, o doutor da Lei e chefe dos judeus e que melhoramento se identifica com o espírito da reencarnação ou nascer e renascer de novo, de fácil interpretação. Verifica-se pelo dialogo mantido entre Jesus e Nicodemos, este mestre entre os judeus e membro do Sinédrio (Supremo Conselho dos Judeus, onde se decidiam os negócios do Estado e da religião), que a revelação do mestre era-lhe pouco compreensível, embora a reencarnação fizesse parte dos dogmas judaicos, com o nome de ressurreição, porem, da maneira imprecisa, sem saberem como se processava. Há, entretanto, que distinguir a reencarnação da ressurreição, esta pode entender-se no caso de Lázaro.
Se alguém nascer de novo pode ver o reino de Deus. Chamamos a atenção dos Umbandistas estudiosos para esta passagem. Se alguém não nascer de novo não pode ver o reino de Deus, que corresponde ao processo evolutivo, neste e noutros mundos. Como veremos adiante, a reencarnação é uma necessidade para o espírito, ou alma humana, progredir. Sem a reencarnação sucessiva, o espírito não progride. Entendemos que somente os espíritos evoluídos poderão alcançar esse reino de que fala o mestre.

Como poderemos aceitar que espíritos ditos da natureza, que não reencarnam, Orixás, estejam governando ou orientando movimentos da espiritualidade superior.
Espíritos da natureza que dizem os estudiosos Umbandistas são de hierarquias superior, evoluídos, adiantados. Tais como os Anjos e Arcanjos. Mas, espíritos que exigem sacrifício de animais para realizarem trabalhos são inferiores ainda ligados a matéria, ao plano terra.

Se alguém não nascer da água e do espírito, não pode entrar no reino de Deus, á elemento material da terra. Espíritos elemento espirituais da espiritualidade, fluida invisível comparável à chama de fogo ou luz centelha.

O que é nascido da carne são carne, e os que são nascidos dos espíritos é espírito. Jesus reforça a sua tese, e o seu ensinamento, separando os dois elementos para evitar confusões, Carne é Carne, Espírito é espírito, dois elementos distintos. Um da terra, outro da espiritualidade, do mundo extrafísico. Do mundo dos espíritos de luz, e não dos espíritos da carne, encarnados na matéria perecível que apodrece e é jogado fora.

O espírito sopra onde quer, e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde ele vem e nem para onde vai. Assim é todo aquele que é nascido do espírito, nestas afirmativas de Jesus, constatamos a vivência do espírito fora da matéria, das vidas infinitas, imanentes, eternas, do espírito imortal. O soprar do espírito é o mesmo que falar, já que o segundo período diz claramente, tu ouves a sua voz. Os médiuns AUDIENTES ouvem as vozes dos espíritos de qualquer categoria. O espírito viaja, caminha, anda pela erraticidade não sabemos donde vem nem para onde vai. Isto passado, hoje sabe de onde ele vem e para onde vai, através das comunicações pela via mediúnicas (vide obra Nosso lar de André Luiz).

Assim é todo aquele que nascido do espírito. Claro e evidente o homem de carne e nascido do espírito, sem espírito não se formara um homem carnal. A vida é infinita e vive-se alternadamente no mundo espiritual e no mundo material. Coube a doutrina espírita ampliar o ensinamento, através dos espíritos escolhidos para tal missão.
Pôr três motivos entramos, no ciclo da reencarnação, para aprendizado, para a elevação e para a reparação das faltas que tenhamos cometido nas fases do aprendizado.

A reencarnação é uma necessidade. O assunto esta focalizado, na segunda parte do capitulo II de o livro dos espíritos, da seguinte maneira, 132 Tem necessidade de encarnação os espíritos que, desde o principio, seguiram o caminho do bem. Todos são criados simples e ignorantes e se instruem nas lutas e tribulações da vida corporal. Deus, que é justo, não podia fazer felizes a uns, sem fadigas e trabalhos, conseqüentemente sem mérito.
Precisamos destacar do tema a afirmativa de que todos os espíritos são criados simples e ignorantes e se instruem nas lutas e tribulações da visa corporal. Tomamos ainda, para elucidar esta passagem o que disse o espírito de S.Luiz na pagina 33 do evangelho segundo o espiritismo, a passagem dos espíritos pela vida corporal é necessária para que possam cumprir, com ajuda de uma ação material os desígnios, cuja execução Deus lhe confiou.

É necessário para eles mesmos, porque a atividade que ai são forçados a desenvolver lhes auxilia o desenvolvimento da inteligência. Sendo Deus, soberanamente justo, devia dar igual quinhão a seus filhos e é pôr isso que marcou a todos um mesmo ponto de partida a mesma aptidão as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de ação. Todo privilegio seria uma preferência, e toda a preferência uma injustiça. Mas a encarnação é para todos os espíritos um estado transitório apenas, é uma tarefa que Deus lhe impõe ao começo da vida como primeira prova do uso que farão do livre arbítrio.

Os que preencheram essa tarefa com zelo alcançarão mais rápida e menos penosamente os primeiros graus da iniciação e mais cedo gozarão do fruto do seu labores. Os que, ao invés fizerem mal o uso da liberdade pôr Deus concedida, retardarão o seu adiantamento. Assim é que pela obstinação podem prolongar indefinidamente a necessidade de se reencarnarem, e então é que a encarnação se converte em castigo, como reencarnação carmica.

A reencarnação e os laços de família. A reencarnação estabelece a aproximação de espíritos de todas as categorias no aprendizado da terra, e facilita, pelos laços consangüíneos, no seio do lar, oportunidades de entendimento, de perdão.

Os espíritos que numa encarnação se desentenderem e provocarem a morte, ou barreiras de ódio entre si podem voltar numa encarnação sendo marido e mulher, ou mulher um e filhos o outro. De maneira que pelo esquecimento do que foram e como se portaram em vidas ou vida anteriores, tem através desse processo da sabedoria divina e de sua infinita misericórdia, oportunidade, não só de reconciliarem como de progredirem mutuamente.

Noutros aspectos onde paire a alegria numa pequena ou grande família, o que se verifica são já espíritos muito trabalhados, vividos e com suas afinidades bem desenvolvidas, bem apuradas. Assim, pois os laços da família são consolidados, fortalecendo a amizade sincera, a estima, o respeito, a lealdade a benquerença, o amor, enfim, então na espiritualidade, ou no outro mundo como dizem os espíritos afins se buscam, se atraem uns aos outros.

Para melhor elucidação, vejamos, a propósito, como esta comentado em o evangelho segundo o espiritismo, capitulo 6, A União e a afeição entre parentes indicam a simpatia anterior que as aproximou. Pôr isso se diz de uma pessoa cujo caráter, cujos gostos e inclinações nada tem de comum com os outros parentes, que ela não pertence a família. Dizem isso, enunciando uma verdade maior do que se pensa. Deus permite essas encarnações de espíritos antipáticos ou estranhos nas famílias como dupla finalidade de servirem de provas uns e de meio de progresso para outros. Os maus se melhoram, pouco a pouco, ao contrario com os bons e pelas atenções que deles recebem, seu caráter se abranda, seus costumes se depuram, as antipatias desaparecem. E assim que se produz a fusão das diversas categorias de espíritos, como se faz na terra entre as raças e os povos.
Consideremos, inclusive alguns aspectos quanto a união de corpos e não de almas, quando predominam interesses os mais variados, tanto no homem como na mulher o egoísmo parte de ambos, ele acha bonita a plástica da moça, nada mais lhe interessa. Ela quer um jovem bonito e bem endinheirado.
Adiante os gozos que a vida oferece e na sua mais ampla variedade gozar e só gozar, nada mais. Tudo que ambos pretendem é efêmero. Da mesma maneira ha moços e moças que pensam nos filhos, nos deveres ainda, para com seus pais suas obrigações entre seus familiares, devoções religiosas e sociais. Planos de estudos e também de passeios etc. A lista seria infinita para o consorcio que a lei estabelece, inclusive, dentro do crescei e multiplicai-vos.

O laço de família diz o evangelho segundo espiritismo, não são destruídos pela reencarnação, como pensam certas pessoas. Pelo contrario, são fortalecidos e reaproximados.
O principio oposto é que destrói. Os espíritos formam, no espaço grupos ou famílias unidos pela afeição pela simpatia e a semelhança de inclinações, esses espíritos, felizes de estarem juntos procuram-se.

A encarnação só os separa momentaneamente, pois que, uma vez retornando ao mundo espiritual, eles se reencontram como amigos que voltam de uma viagem. Muitas vezes eles seguem juntos na encarnação, reunindo-se numa mesma família ou num mesmo circulo, e trabalham juntos para o seu progresso comum. Se uns estão encarnados e outros não, continuarão unidos pela energia de afeto.

Os que estão livres velam pelos que estão cativos, os mais adiantados procuram fazer progredir os retardatários. Após cada existência, terão dado mais um passo na senda da perfeição. Cada vez menos apegados à matéria, seu afeto e mais vivo, pôr isso mesmo mais purificado, não perturbado pelo egoísmo nem obscurecido pelas paixões. Assim eles podem percorrer um numero ilimitado de existência corporal sem que nenhum acidente perturbe sua afeição comum.

Entenda-se bem que se trata aqui de verdadeira afeição espiritual de alma para alma. A única que sobrevive a destruição do corpo, pois os seres se unem na terra apenas pelos sentidos não tem nenhum motivo para se procurarem no mundo dos espíritos. Só são duráveis as afeiçoes espirituais. As afeiçoes carnais extinguem-se com a causa que provocou, ora, essa causa deixa de existir no mundo dos espíritos, enquanto a alma sempre existe.

Quando as pessoas que se unem somente pôr interesse, nada são realmente uma para a outra, a morte as separa na terra e na espiritualidade.

A reencarnação é um fato, evidente, palpável, demonstrável, definitivo e corresponde a engenharia sideral, onde o Pai prove a tudo e a todos no momento certo.

Justiça da reencarnação. O tema é muito vasto e são muitas as obras existentes em torno do assunto o livro dos espíritos, o código pôr excelência é o livro chave. É para ele que devem os estudiosos votar particular atenção lá esta tudo que nos convém ao aprendizado da vida infinita.

No item 171 do referido livro Kardec faz a seguinte pergunta, em que se funda o dogma da reencarnação, ao que os espíritos superiores responderam, na Justiça de Deus e na revelação, pois incessantemente repetimos, o bom pai deixa sempre aberta a seus filhos uma porta para o arrependimento. Não te diz à razão que seria injusto privar para sempre da felicidade eterna todos aqueles de quem não dependeu o melhorarem-se. Não são filhos de Deus todos os homens.

Só entre os egoístas se encontram a iniqüidade, o ódio implacável e os castigos sem remissão. Complementando o ensino dado pelos espíritos, Alan Kardec opõe-lhe um elucidativo e amplo comentário, todos os espíritos tendem para a perfeição e Deus lhe faculta os meios de alcança-la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal. Sua justiça pôr, lhes concede realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova.

Na obraria Deus com equidade, nem de acordo com a sua bondade se condenasse para sempre os que talvez hajam encontrado, oriundos do próprio meio onde foram colocadas e alheias as suas vontades que os animavam, obstáculos ao seu melhoramento, se a sorte do homem se fixasse irrevogavelmente depois da morte não seria uma única balança em que Deus pesa as ações de todas as criaturas e não haveria imparcialidade no tratamento que a toda dispensa.

A doutrina da reencarnação, isto é, a que consiste em admitir para o espírito muitas existências sucessivas e a única que corresponde a idéia que formamos da justiça de Deus para com os homens que se acham em condição moral inferior, a única que pode explicar o futuro e firmar as nossas esperanças, pós que nos oferece os meios de resgatarmos os nossos erros pôr novas provações.

A razão no-la indica e os espíritos a ensinam. O homem, que tem consciência de sua inferioridade, haure consolada esperança na doutrina da reencarnação. Crê-se na justiça de Deus, não pode contar que venha a achar-se para sempre em pé de igualdade com os que mais fizerem do que ele. Sustem-no porem e lhe reanima a coragem a idéia de que aquela inferioridade não deserda eternamente do supremo bem e que mediante novo esforço dado lhe será conquistá-lo. Quem é que, ao cabo da sua carreira, não deplora haver tão tarde ganho uma experiência de que já tardia não fica perdida, o espírito a utilizara em nova existência.

João Batista, reencarnação de Elias. Quando João ouviu, no cárcere, falar das obras de Jesus mandou pôr seus discípulos perguntar-lhe, es tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro. E Jesus respondendo, disse-lhes, ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo, os cegos vêem os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e aos pobres estão sendo pregados os evangelhos. E bem aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço. Ao partirem eles, começou Jesus a falar ao povo a respeito de João, que saiu a ver no deserto, uma cana sacudida pelo vento, sim, que saiu a ver, um homem vestido de roupas finas, ora os que vestem roupas finas residem nos palácios reais. Mas que saístes a ver, um profeta, sim vos digo e muito mais que um profeta.
E dele que esta escrita, eis que enviou ante tua face meu mensageiro, que preparara teu caminho diante de ti. Em verdade vos digo que não apareceu entre os nascidos de mulher outro maior que João, o Batista, mas menor no reino dos céus e maior que ele. Desde os dias de João, o Batista, ate agora, o reino dos céus e assaltado, e os assaltantes o conquistam, porque todos os profetas e a lei profetizaram ate João.

E se quereis aceitar, isto, ele mesmo e Elias que estava destinado a vir. O que tem ouvidos ouça. Mas a que hei de comparar esta geração é semelhante a meninos sentados nas praças, que gritam aos companheiros, nos tocamos flauta e não dançastes, entoamos lamentações e não chorastes. Porque veio João não comendo nem bebendo e diz ele tem demônio. Veio o filho do homem comendo e bebendo, e diz eis ai um homem glutão e bebedor de vinho, amigo de cobradores de impostos e pecador. E, contudo a sabedoria e justifica da pôr seus filhos (mat.11.2-9 e Luc 7.10-35).

João estava preso, e posteriormente, foi degolado pôr ordem de Herodes, como vai descrito adiante. Aqui focalizaremos, principalmente a reencarnação de Elias no corpo de João Batista.

Para sabermos que foi Elias, é necessário recorrer ao velho testamento, em reis 1 ao tempo do rei David, conforme os versículos 18:40 e 19:1, como segue: Disse-lhes Elias, lançai mão dos profetas de baal, que nenhum deles escape. Lançaram mão deles, e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom, e ali os matou. Acabe fez saber a Jezabel tudo quanto Elias havia feito, e como matará todos os profetas a espada. Esta passagem tem relação em face da lei de causa e efeito, com a morte de João pela espada, é bom não perder de vista que é Jesus que afirma ser João o Elias que estava destinado a vir. O mesmo espírito, a mesma individualidade, porem, mais evoluído, mais adiantado. Na encarnação como Elias abusou do livre arbítrio e desrespeitou a lei de não matar.

Na encarnação de João sofreu a morte, ou desencarne violento sendo degolado. A lei do carma, ou de causa e efeito, incensurável cumpriu-se. A literatura espírita a respeito, esta repleta de obras que elucidam, como o céu e o inferno ou justiça divina de Allan Kardec.

João sabia da vida do messias, o enviado pelo pai, pôr Deus, como esta anunciado no velho testamento, pôr Isaias, 26:19, 28:18, 35:5, e 61:1, e que veio na sua frente para lhe preparar o caminho, isto é, anunciá-lo e convidar o povo ao arrependimento, como esta no capitulo do Batismo, porem João, no cárcere, ouvindo falar das obras de Cristo, mandou os seus discípulos, saberem se era ele mesmo. Quis Ter certeza, certificando-se.

Mas junto a resposta, Jesus adverte, e bem aventurado aquele que não achar em mim motivo de tropeço. A advertência era causa da enciumada, que pairava entre os discípulos de João, maioria incorporados no colégio do mestre, e os admiradores do mestre. Pôr causa de tais ciúmes e do falatório do povo pró e contra Jesus e João, para deixar a sua palavra de critica quando diz, porque veio João nem comendo nem bebendo, João se alimentava de mel silvestre e gafanhotos, e dizem eles recebeu um espírito desencarnado.

Veio o filho do homem, referindo-se a ele mesmo, comendo e bebendo e dizem, eis ai um homem glutão e bebedor de vinho, amigo de cobradores de impostos e pescadores, eis que Jesus fere o assunto e não deixa passar nada, pois ele sabe que a maledicência da cruz.
A resposta de Jesus aos discípulos de João e a resposta do fato da ação do trabalho que ele já estava realizando, a missão que o pai lhe confiou. Não obstante, estranhavam que Jesus comesse e bebesse com gente de má vida, como se vê na passagem de Mateus, capitulo 4:10-14. Estando Jesus a mesa em casa desse homem, Mateus, veio ai Ter muitos publicanos e gente de má vida, que se puseram a mesa com Jesus e seus discípulos, como é que o vosso mestre come com os publicanos e pessoas de má via?
Tendo os ouvido, disse-lhes Jesus: Não são os que gozam saúde que precisam de médico. Magistral resposta e ensinamento que perduram até nossos dias. Mas os tais discípulos de João, também vegetarianos como ele e abstêmios de vinho, escandalizaram-se quando vira o mestre comer e beber entre gente de má vida.

Hoje a situação não se modificou muito, pôr isso à necessidade de avivar e reavivar as lições do evangelho. A outra passagem, em verdade vos digo que não apareceu entre os nascidos de mulher, outro maior que João, como poderá ser interpretada, adiante temos uma outra afirmativa que nos deixa igualmente a maturar, quando o mestre diz, filho do homem comendo e bebendo, referindo-se a ele mesmo. Na primeira passagem os filhos de mulher são os que ainda estão sujeitas às reencarnações carmica obrigadas a renascer através da mulher, sejam eles evoluídos ou não.

Neste passo declara Jesus, que dentre todos os que estão ainda sujeito a reencarnação, o Batista é o maior de todos (C,Torres Pastorino, sabedoria do Evangelho). No segundo caso, filho do homem é os que não estão mais sujeitas as reencarnações, só reencarnando quando querem para determinada missão, e são assim chamados como significando aqueles que já superaram o estagio hominal, sendo o resultado ou filho da evolução humana.

Na realidade, Jesus era um dos filhos do homem, como também outros avatares que vieram a terra espontaneamente para ajudar a humanidade, tais como Krisna, Buda etc.

A morte de João Batista. E chegando um dia favorável em que Herodes no seu aniversario natalício dera um banquete aos seus dignitários, aos oficiais militares e aos principais da Galiléia. Entrou a filha de Herodias, e dançando, agradou a Herodes e aos seus convidados. Então disse o rei a jovem, pede-me o que quiseres e eu te darei, e jurou-lhe, se pedires mesmo que seja a metade do meu reino eu te darei. Saindo ela perguntou a sua mãe, que pedirei, e esta lhe respondeu, a cabeça de João Batista. No mesmo instante, voltando apressadamente, para junto do rei disse, quero agora que, me dê num prato a cabeça de João Batista. Entristeceu-se profundamente o rei, mas pôr causa do juramento e dos que estavam com ele a mesa não lhe quis negar.
Determinando que o pedido fosse atendido, conforme o solicitado, recebendo em seguida, em uma bandeja, a cabeça de João, que entregou a jovem dançarina e esta a sua mãe. Os discípulos de João, logo que souberam do fato vieram e levaram o corpo depositando-o no túmulo (Marcos 6:21-29 Mateus 14:6-12 e Lucas 9:7-9).

Nesta passagem temos de considerar o fato da reencarnação de João Batista, uma edição bastante melhorada de Elias, que cerca de novecentos anos antes havia matado os sacerdotes de Baal. Entre uma época e outra, deve ter havido algumas reencarnações desse espírito, para que pudesse arcar com grande responsabilidade de ser o precursor de Jesus, aquele que viria anunciar o mestre, o governador espiritual da terra.

Encarnações, talvez dolorosas, que lhe deram progresso e eliminaram o espirito. Vemos, pois João concluindo um programa carmico. Programa preparado com todas as precauções de segurança estabelecido pôr seus mentores, a fim de que ele não fracassasse. Pelo que Jesus afirmou dele, foi desempenhado bem a sua missão.

João decapitado pela espada redimiu-se reabilitando de faltas do passado, principalmente na encarnação de Elias, já que o mestre lhe faz referencia. Se o livre arbítrio funcionou de acordo com a sua vontade, consentindo a consumação de seus ímpetos, a lei de causa e efeito ou a justiça divina, funcionaram no tempo previsto.

É a roda das reencarnações do plano divino, para que o espírito lute, trabalhe se instrua e vença ( do livro Magias da Umbanda de Jota Alves de Oliveira).





PERGUNTAS E RESPOSTAS

- Porque reencarnamos
Reencarnamos pôr três motivos, para aprendizado, para a elevação e para a reparação das faltas que tenhamos cometido nas fases do aprendizado.

- Toda a reencarnação é carmica, é castigo.
Não os que preencheram vidas anteriores com zelo alcançarão mais rápida e menos penosamente os primeiros graus da iniciação e mais cedo gozarão do fruto do seu labores. Os que, ao invés fizerem mal o uso de suas vidas anteriores e pela liberdade pôr Deus concedida, retardarão o seu adiantamento. Assim é que pela obstinação podem prolongar indefinidamente a necessidade de se reencarnarem, e então é que a encarnação se converte em castigo, como reencarnação carmica.

- Porque sentimos atração por determinadas pessoas e a outras repudio.
Os espíritos que numa encarnação se desentenderem e provocarem a morte, ou barreiras de ódio entre si e ao se encontrarem neste plano, terão dificuldades de se aproximarem, por isto torna-se necessário ao mais evoluído, procurar manter contatos, por mais indesejável que for, assim estarão os dois evoluindo. Ao contrario quando em vidas anteriores tiveram próximos, com amizade ou amor ao se encontrarem novamente se atraem, é como se encontrar uma pessoa querida.

- Porque tem filhos que não suportam os pais.
Para melhor elucidação, vejamos, a propósito, como esta comentado em o evangelho segundo o espiritismo, capitulo 6, A União e a afeição entre parentes indicam a simpatia anterior que as aproximou. Pôr isso se diz de uma pessoa cujo caráter, cujos gostos e inclinações nada tem de comum com os outros parentes, que ela não pertence a família. Dizem isso, enunciando uma verdade maior do que se pensa. Deus permite essas encarnações de espíritos antipáticos ou estranhos nas famílias como dupla finalidade de servirem de provas uns e de meio de progresso para outros. Os maus se melhoram, pouco a pouco, ao contrario com os bons e pelas atenções que deles recebem, seu caráter se abranda, seus costumes se depuram, as antipatias desaparecem. E assim que se produz a fusão das diversas categorias de espíritos, como se faz na terra entre as raças e os povos.

- Como devemos entender a encarnação e a desencarnação.
Quando se verifica o desencarne, só se perde apenas a parte material, pois o perispirito continua vivendo alguns dias mais, sendo que no astral fica vivendo durante muitos anos ainda, até que o espírito volte a se reencarnar. O astral isto é o espírito desencarnado, fica vivendo no meio das vibrações por ele criadas, enquanto encarnado, colhendo desta maneira, as conseqüências de tudo quanto praticou na terra.

- Se pudéssemos saber o castigo das más ações poderíamos evitar.
Se soubéssemos não seriamos bondosos e sim medrosos do castigo. Entretanto só podemos ver este castigo, quando se verifica o nosso desencarne, isto é quando já não dispomos de meios de reparar o mal que praticamos. Todavia, ainda que em alguns casos nos fosse possível reparar o mal que praticamos, não o poderia fazer, pois que em muitos casos, isto está acima da nossa força e dos desejos. De qualquer forma mais cedo ou mais tarde teremos que pagar pelo mal praticado.

- E como podemos explicar o mistério da reencarnação e como ela se verifica?
A reencarnação, conforme o sentido da palavra, quer dizer a volta do espírito a um novo corpo material. Ela tem por finalidade o seguinte:
a) pelo resgate de todos os erros e faltas praticadas em existências anteriores.
b) A evolução e o progresso de espírito.
c) A missão de desempenhar tarefas de grande importância..

- Se é assim, todos os que desencarnam voltam à vida material?
De um modo absoluto, não, pois a reencarnação se dá, enquanto ela é indispensável para a purificação do espírito. Aqueles que já atingiram o pleno desenvolvimento, com a pratica do bem, não mais animarão nenhum corpo material, mas apenas baixarão na linha de Umbanda, para a pratica da caridade, com exceção daqueles que não precisam reencarnar, mas querem voltar. Com respeito aos que ainda tem dividas a pagar, estes sim, voltarão a terra para progredir com as penas e sofrimentos.

- E os espíritos que não voltam a terra, ficam vagando no espaço?
Os que vagam no espaço são os espíritos daqueles que, quando na terra, não davam nenhuma importância às coisas da existência, pois eram preguiçosos e não gostavam de trabalhar nem de fazer nenhum esforço. Quando reencarnam, esses espíritos vão pagar suas faltas, mas nem por isso deixam de sofrer no espaço, durante o intervalo de uma encarnação e outra.

- E o resgate das faltas, como se verifica?
Se a falta foi um assassinato, o espírito do assassino, no astral, esta vendo continuamente a cena do assassinato e sentindo a dor tal como a vitima sentiu. O sofrimento do assassino quando se encontra no espaço, é um sofrimento horrível, não apenas moral, como também sensível, pois que está acompanhado de espíritos maus. Quando se dá a aproximação de um espírito de luz, o sofrimento é aliviado, mas apenas enquanto esse espírito de luz está ao seu lado. Os trabalhos das sessões de Umbanda, servem para aliviar as dores desses espíritos infelizes. É assim que podemos explicar as desgraças que se verificam na terra. Quando esses espíritos desgraçados reencarnam, podem sofrer morte violenta, como desastre, assassinato ou afogamento, como podem também nascer cegos ou aleijados e viverem uma existência verdadeiramente miserável.,
- E o que dizer dos suicidas?
Os suicidas também sofrem muito, mas seu sofrimento pode ser aliviado, depois de decorrido muito tempo, embora quando voltam a se reencarnar, não deixam de colher os frutos de seu ato desvairado.

- Isto quer dizer que o sofrimento é uma conseqüência de erros e crimes praticados em vida anteriores?
Nem sempre, pois embora na maior parte dos casos seja assim, o sofrimento pode também ser uma prova.

- E como podemos contar com a proteção de Umbanda nesses casos?
A proteção de Umbanda, isto é, os seu trabalho, tem como finalidade reduzir o sofrimento ou fazer com que cessem as causas. É para isso que se realizam os trabalhos de terreiro, fazendo-se movimentar energias divinas para o bem estar do irmão encarnado. Eis porque a pratica de Umbanda, é de caráter altamente espiritual e mágico, exigindo, porem muito cuidado, a respeito e devotamento, não se esquecendo também da fé, a vocação, a humildade e a caridade. É por isso que os trabalhos de terreiro mobilizam espíritos e atuam por meio de forças poderosas que, se forem mal empregadas ou dirigidas erradamente, poderão produzir as mais funestas conseqüências.

- Porque tememos a morte?
O terror da morte se origina primeiramente por pensarmos que a mesma seja dolorosa. Segundo porque deixando o convívio dos seus, julga-se que se destinará um lugar desconhecido, onde ninguém está à sua espera, Terceiro, porque algumas religiões do ocidente atemorizam seus crentes, incutindo-lhes os padecimentos de penas eternas no inferno e purgatório, ou delicias, num paraíso para pouquíssimos, sendo que estes últimos tiveram quase sempre, dinheiro para comprar indulgências, vendidas por espertalhões que compõem certas hierarquias religiosas. Verdadeiro crime de lesa-humanidade, cuja farsa está felizmente sendo desmascarada pelos movimentos espiritualistas de todo o mundo, inclusive pela Umbanda.



- A lei do carma é um castigo?
Não. O carma não é remuneração nem castigo e sim, uma lei natural, consciente e inexorável, expressa na ação de causa e efeito. A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.

- As encarnações são proveitosas ao ser humano?
Sim. Toda e qualquer encarnação tem como objetivo o melhoramento individual e da coletividade e, em conseqüência, a expressão da consciência cósmica.

- O que denominamos Leis de Umbanda?
Dá-se o nome de Lei de Umbanda a uma norma de direito tornada obrigatória pelo poder divino, a qual se aplica a todas as coisas do reino mineral ao reino hominal.

- Quais são as leis vigentes na Umbanda?
A Umbanda está submetida às leis da Reencarnação, Carma e evolução.

- O que é Lei de Reencarnação e qual sua finalidade?
É uma determinante de vários renascimentos que o eu imortal adquire nas suas sucessivas vidas em corpo físico. A lei de reencarnação existe em função de uma outra Lei a da Evolução, a qual leva os egos para o seu aprimoramento, a tomarem corpo físico nas suas varias presenças na terra.

O cristianismo aceita a Lei de Reencarnação?
A igreja primitiva até o quarto século era reencarnacionista.

- Que é Lei do carma?
É a grande lei de retribuição ás ações boas ou más que tenhamos executado na terra. É, sem dúvida, poderosa lei propulsora que nos induz ao aperfeiçoamento, através de acertos, prêmios ou punições, pelo que tenhamos feitos na vida.

- O que é a lei de evolução?
É uma das mais sábias leis do universo, pois ela induz ao aperfeiçoamento continuo de tudo que foi criado a partir do reino inferior da natureza, passando pelos demais reinos até atingir ao reino hominal. Daí, o espírito se apura pelo conhecimento obtido, de geração, de milênio e se lança ao caminho para a realização do homem uno, com o ser divino.

- Os mortos necessitam de oração?
Sim. Ao deixarem o corpo físico, pelo desencarne, o espírito que nele habitava liberou-se ao plano astral, onde permanecerá por determinado tempo, até o expurgo das suas faltas cometidas aqui na terra. Daí, passando para um plano superior, onde gozará das delicias inerentes ao meio e posse de uma nova condição para viver.
A oração e de grande valia, convém, no entanto esclarecer que a oração é um feixe de vibrações que nascem no coração, vindo do mais intimo da alma cheia de amor por aqueles que se foi. O pensamento fraterno se expressa através de palavras ternas, nos mais fervorosos votos pelo progresso do espírito desencarnado.

Para onde vai o espírito após seu desencarne?
O espírito após deixar o corpo, seu veiculo de expressão aqui no planeta terra, passa para o plano imediato, ou seja, o plano astral, também conhecido como plano das emoções. Depois de determinado tempo, liberto naturalmente das dívidas contraídas na sua roupagem pelo físico, poderá alçar-se gradativamente a planos superiores.

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