quinta-feira, 16 de julho de 2009

ORDENAÇÃO E CONSAGRAÇÃO SACERDOTAL

Neste ritual, tem como objetivo em apresentar os novos médiuns à comunidade assim como as Entidades que formam a corrente vibratória da terreira, e complementando ainda este objetivo, e em especial, de firmar o anjo de guarda de cada médium. Este é um dos primeiros ritual no inicio do ano quando inicia as atividades da terreira, geralmente é realizado em 20 de janeiro, junto com a homenagem a Oxossi, o que se tornaria dispensável a liturgia completa, mas para fins de didático, resolvemos expor em separado com todo o ritual. Nos bancos da assistência estão adornados com uma espada de Ogum, enlaçadas por sete fitas nas sete cores dos Orixás, penduradas em cada banco no lado externo do corredor central.

Todos os médiuns entram batendo a cabeça no altar se defuma no centro da base do triangulo onde tem um defumador de brasa procedendo à queima de incenso.
Recebem da cambona em suas mãos, o álcool cruzado, e perfume formando a corrente. O diretor se pronuncia, Pai, em tuas mãos, entregamos nosso trabalho, e ao acendermos as velas e a luz do nosso altar sagrado vamos dizer Sarava a todos os Orixás, salve à nossa querida Umbanda, e salve todos irmãos, acende a luz do triangulo e as três velas, bate a campainha,
A corrente sai de formação e se dirigem ao corredor central, posicionando junto aos bancos e pegam a espada de ogum que esta pendurada no mesmo, para cruzar com o outro, que esta ao lado oposta, de maneira a formar um túnel, para a passagem dos novos médiuns. Que entram passando por baixo deste túnel, e são recebidos pela direção espiritual, posicionando em linha junto à base do triangulo.
Os médiuns que estavam no corredor penduram novamente as espadas no banco e entram na seguinte ordem, os dois médiuns que estão no ultimo banco, penduram suas espada e passam pelo túnel em fila indiana, ao passar a primeira dupla à segunda faz o mesmo gesto e entra logo atrás da primeira e assim sucessivamente.
O diretor destaca dois médiuns para o triangulo, posicionando uma senhora no lado direito e um homem do lado esquerdo na base do triangulo, ficando entre eles a defumação. Tudo preparado, o diretor solicita a cambona a dar o inicio dos trabalhos espirituais e esta inicia o Hino de Umbanda e do Grupo.
A Cambona assume a administração do trabalho, iniciando o ritual como segue:
– Pai nosso que estais em toda parte, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no espaço e em todos os mundos habitados. Dai-nos hoje e sempre o pão do corpo e da alma. Perdoai as nossas faltas, dai-nos o sublime sentimento de perdão a todos que nos ofenderam, não nos deixais sucumbir às tentações da matéria, nem dos maus espíritos. Enviai-nos um raio da vossa santa e divina luz. Que assim seja.
- Saudação aos setes Orixás - Em nome de Deus e de Jesus e do Divino Espírito Santo, sarava todos os Orixás. Salve as sete linhas de Umbanda. Salve nossos Patronos, pedimos a proteção de nossos anjos de guarda, nossos guias espirituais, para iniciar este trabalho de consagração sacerdotal, para os nossos médiuns. Que Assim seja.
- Prece dos Médiuns – O Deus de amor e misericórdia, dê a nós os médiuns a compreensão perfeita da santidade e da missão que nos foi confiada e da responsabilidade que nos cabe no desempenho dessas funções. Deus nosso pai, permite que sintamos fortemente a influência invisível e salutar dos nossos anjos de guarda a fim de que possamos mais facilmente extirpar dos nossos corações, de nossos pensamentos o sentimento, de ódio, inveja, orgulho, vaidade e de todas as outras imperfeições que se acham imbuídas em nossos espíritos a fim de subirmos até vós. Bons espíritos, que pela misericórdia de Deus permanecei junto a nós, para o nosso consolo, dai-nos um grande amor pelas virtudes, inspirai-nos tudo o que é bom, afastai de nós os espíritos trevosos e maledicentes a fim de trilharmos com maior desembaraço o caminho sinuoso e cheio de tropeços que é nossa vida terrena. Virgem mãe santíssima rogue a Deus pôr todos nós e pelos irmãos desencarnados que se acham na ignorância e nas trevas do sofrimento. Jesus bom e amado mestre permite que as falanges organizadas que trabalham na prática do bem possam nos dispensar bastante proteção para que os nossos trabalhos sejam coroados de êxitos. Salve a fé, a esperança, a caridade, a paz e o amor. Bendito e louvado seja Deus o divino Espírito santo o nosso senhor Jesus Cristo, salve São Miguel, São Gabriel e São Rafael, salve todas as falanges de aruanda de Umbanda e Quimbanda. Em nome de Deus pai, todo poderoso, São Miguel Arcanjo e de nossos anjos de guarda, estão abertos os nossos trabalhos. Que assim seja.
- Pontos Cantados É um hino, uma reza, em louvor para alguma entidade ou chamamento de alguma linha ou falange para um trabalho de proteção ou amparo. A palavra tem a força de desdobrar-se no éter, e pôr afinidade trazer as entidades até os terreiros, pela magia do ritmo, cujas vibrações estão em harmonia com os poderes invocados. A Cambona da continuidade ao ritual, entoando os pontos na seguinte ordem:
- Ponto de defumação
O povo de Umbanda vem ver seus filhos seus.
Defuma esses filhos, na hora de Deus.
O povo de Umbanda vem ver os filhos seus.
Descarrega esses filhos, na hora de Deus.

- Enquanto e cantado este ponto, uma cambona preparado para este ato, apanha o defumador de frente para o altar e no local do mesmo faz com a fumaça o sinal da cruz, dirigindo-se ao canto esquerdo, onde se dá a entrada da assistência no local do trabalho, fazendo o mesmo gesto, retorna ao centro e se dirige ao canto oposto lado direito na parede do altar procedendo ao mesmo sinal, retorna ao centro e se desloca para o lado esquerdo da parede do altar, procedendo da mesma forma, retornando novamente ao centro e vai ate o canto direito, onde ocorre à saída da assistência, retorna ao centro faz o ultimo sinal da cruz demonstrando que procedeu a um cruzamento, ou seja, um x dentro do ambiente de trabalho, passando para o local onde estão os amaci, fazendo novamente o sinal no centro, virado para a assistência, passa, pelos mesmos defumando um a um.
- Ponto de Santo Antonio Bará, para abertura dos Trabalhos.
Santo Antonio que é de ouro fino,
Suspende a bandeira que vamos trabalhar (bis três vezes)

- Ponto de São Pedro
Com a chave de São Pedro, vamos abrir nossos trabalhos,
Com a chave de São Pedro, vamos abrir nossos trabalhos,
Salve o povo de aruanda, (patrono espiritual do templo) são nossos.
Protetores bis.

- Chamada Geral dos Orixás
Salve Oxalá, que é rei dos orixás, salve Iemanjá, a mãe universal,
Abençoai os nossos trabalhos, dando-nos forças espirituais,
Abençoai os nossos trabalhos, dando-nos forças espirituais,
Hóquei, hóquei, hóquei, hóquei meus caboclos hóquei,
Hóquei, hóquei, hóquei, hóquei meus pretos velhos hóquei,
Salve Ogum! Salve Oxossi, salve Oxum salve Xangô.
Salve Ibegis e os pretos velhos, salve as falanges dos protetores,
Hóquei, hóquei, hóquei, hóquei meus caboclos hóquei.
Hóquei, hóquei, hóquei, hóquei meus pretos velhos hóquei,

- Ponto de Oxalá duas vezes
Jesus e Maria, São João e São José,
São Pedro abriu o céu para aqueles que tem fé,
Ó São Miguel de arcanjo, pôr Deus quem sois quem és,
Rogai ao nosso Pai, para aumentar a nossa fé.
Rogai ao nosso Pai, para aumentar a nossa fé.

- Ponto de chamada das três entidades dirigentes, que ao incorporarem, a corrente de médiuns retira o braço direito que estava com a mão sobre o coração, e as entidades dirigentes, fazem então seu ponto riscado, isto é um sinal simbólico e vibratório de uma entidade, com a sua assinatura astral privativas de cada entidade. Uma vez feito no chão com pemba branca, projeta-se no plano entérico e fixa a presença da entidade e sua qualificação. É também uma força que se desdobra no campo energético do terreiro e garante o apoio da falange a que pertence o Guia, além de acentuar o poder mágico de que esta revestida, para auxilio aos trabalhos a serem feitos, batem suas cabeças em cima do ponto, pedindo a permissão a Deus e os sete Orixás para realizar o trabalho, invocando a proteção para toda a corrente, cumprimentam-se entre si, batendo suavemente no peito com a mão direita e no antebraço do cumprimentado, repedindo com o braço esquerdo, ou se abraçam colocando a cabeça sobre o ombro direito do cumprimentado e depois sobre o esquerdo.
Após a incorporação das entidades dirigentes, incorpora também as três entidades dos médiuns que estavam em cada canto do triangulo, cumprimentando a direção, retornam a sua posição no triangulo, para segurar o trabalho, enquanto as entidades vão fazer o firmamento e a segurança, o diretor espiritual se dirige para a porta da frente, acompanhado por uma cambona, que conduz um copo de água álcool cruzado e perfume e todos cantam o ponto.



Firma ponto na terreira,
Firma ponto no conga,
Firma ponto na terreira
Que os caboclos vão trabalhar.

A entidade de frente a porta principal eleva sua mão no canto superior esquerdo e descendo até ao chão do lado direito risca o seu ponto de segurança ou seu próprio ponto, assentando neste ato a linha de frente para a rua, deixando ali os guardiões da linha de Ogum em seguida repete o mesmo gesto, nos cantos oposto, firmando então a linha de dentro, sendo de segurança, paz e equilíbrio, se põe de pé, direcionando ao alto dos dois cantos superior suas mãos, vai baixando em direção ao centro da porta riscando a estrela de Davi, a cambona entrega na sua mão direita o copo com água e a entidade ainda ajoelhada eleve o copo para o alto com o pulso esquerdo encostando-se à borda do copo e a mão aberta desce na mesma posição colocando-o no centro da estrela de Davi, logo em seguida a cambona lhe alcança o álcool cruzado que e derramado em forma de um risco, em curva deixando a estrela de Davi entre a porta e o álcool, partindo do ponto da esquerda para o ponto da direita, pronunciando, que. Nenhuma energia possa atrapalhar ou perturbar os trabalhos ultrapasse esta linha e continuando pega e derrama o perfume em paralelo ao álcool, dizendo que nesta linha atraia as energias de segurança, paz e equilíbrio nos trabalhos.
Levantando se dirige ao local do trabalho e ao entrar na corrente saúda a todas as entidades, e os médiuns e cambona, ajoelhando-se no centro da base do triangulo eleva os dois braços para cima pedindo, Pai façam desse ponto mais um ponto de segurança e proteção para toda a corrente e para todos presentes neste templo, reforçando com a pemba um ponto já pintado de tinta branca, risca outra estrela de Davi de maneira que o ponto fique no seu centro. Enquanto foi realizado pelo diretor principal o ritual de segurança na porta da frente, o primeiro sub diretor, partiu do centro da sala de trabalho foi para o canto esquerdo, onde se dá à entrada da assistência, riscando seu ponto vibratório e de segurança, retorna ao centro e se dirige ao canto oposto lado direito na parede do altar procedendo da mesma maneira, retorna ao centro e se desloca para o lado esquerdo da parede do altar, riscando o seu ponto da mesma forma, retornando novamente ao centro e vai ate o canto direito, onde ocorre à saída da assistência e ali conclui o cruzamento dos quadrantes do local onde se promove o ritual. No mesmo tempo o segundo subdiretor fez a segurança na parte dos fundos semelhante ao cruzamento do quadrante, do local principal, colocando seu ponto nas portas do fundo e na base do triangulo interno. Toda a magia da segurança em ordem, a cambona dá prosseguimento ao culto, cantando os pontos na ordem da polaridade da ação até a oposta, ou seja, pontos da linha de Ogum, Oxossi, Xangô Agôdo, Pretos Velhos, Xangô Cão, Iemanjá e Oxalá, com objetivo de que a linha de Ogum limpe e prepare o local para o ato e a vibração vai acalmando até a chamada de Oxalá, trazendo muita pás e luz para iniciar a consagração sacerdotal.

- Pontos de Ogum
- Pontos de Inhansã
- Pontos de Oxossi
- Pontos de Jurema
- Pontos de Xangô Agôdo
- Pontos de Pretos Velhos
- Pontos de Oxum
- Pontos de Xangô Caô
- Pontos de Iemanjá
Enquanto era entoado o ponto, ou seja, cantado as rezas em louvor aos sete Orixás, a cambona, estava servindo as entidades que chegavam, oferecendo charuto, a pemba, e um a tabua de compensado quadrada, medindo aproximadamente 30 x 30 para riscarem seus pontos, que era colocada ao lado direito de cada entidade.
Terminada a invocação através dos pontos cantados, a cambona oferece álcool cruzado e perfume na mão dos iniciados e os defuma individualmente. E a entidade dirigente se pronuncia, como segue:
Em nome de todos os médiuns desta corrente, com as vibrações de todas as entidades que forma a nossa corrente vibratória, eu os recebo como médiuns de Umbanda e com muita alegria, como trabalhadores do nosso templo, a seara do pai é muito grande os trabalhadores são poucos, então é importante este momento em que novos médiuns ingressam nesta corrente, após terem cursado, de livre e espontânea vontade, no mínimo um ano de desenvolvimento, sendo considerados aptos materialmente e espiritualmente, fizeram todos os rituais de aprontamento e hoje começam a trilhar como médium o caminho evolutivo da espiritualidade, mas alertamos que em determinados pontos desta estrada, serão atacados por forças negativas que tentarão desviar deste caminho que leva ao pai, através de confusões mentais gerando duvidas, e os desmotivado, para os trabalhos espirituais e outra ação para impedir o prosseguimento desta caminhada, é nesta hora a necessidade da fé, buscando em seus guias, nesta corrente, e nos. Orixás a força e a energia para a caminhada até, a casa celestial do nosso Pai, Lembram-se que também Jesus sofreu esta ação sendo tentado três vezes. Peço que levantem a mão direita, para este ato de consagração, jurando comigo.
Diretor - Creio em um só Deus, no aspecto trino da santíssima trindade Deus pai, Tupã Deus Filho Oxalá e Deus Mãe Iemanjá e nas sete progressões evolutivas da natureza representadas pelos sete Orixás da nossa sagrada Umbanda.
Todos – Creio e juro difundir a teologia de Umbanda
Diretor – Creio que todos somos irmãos filhos de Deus energia máxima incalculável e que somos sua imagem e semelhança, porque também somos uma partícula dessa mesma energia.
Todos – Creio e juro dedicar parte da minha vida para amenizar o sofrimento do meu próximo.
Diretor – Creio que a Umbanda é uma religião cristã que trabalha nas energias da natureza
Todos – Creio, e juro seguir os ensinamentos do evangelho.
Diretor – Creio que sou um sacerdote a disposição de minhas entidades espirituais, sempre pronto para qualquer chamado.
Todos – Creio e juro seguir esta ordenação sacerdotal o tempo todo de minha vida.
Diretor – Creio que a partir da incorporação nada mais me pertence e que recebi este dom gratuitamente de Deus
Todos – Creio e juro nunca cobrar pela minha mediunidade
Diretor – E por estarem assim comprometidos consigo mesmo, com suas entidades, na presença de Deus e dos sete Orixás, eu vos declaro sacerdotes de Umbanda.
Solicita aos iniciados que se ajoelham e com a vela acessa a Oxalá, encosta na cabeça de cada médium, dizendo: receba a luz de Oxalá, para iluminar esta nova caminhada.Em seguida e com os médiuns ainda ajoelhados, coloca as duas mãos sobre a cabeça, sem tocá-las, diz, que o teu guia espiritual e as forças de teu Orixá, vos fortaleça a tua fé, teu corpo e teu espírito.
Pede aos médiuns noviços que se deitem no chão como sinal de humildade e com uma toalha branca encobre a cabeça de cada um pronunciando, descobrimos a tua cabeça para a completa tomada de teu guia espiritual, para te orientar e conduzir a tua vida, em seguida imanta um copo de água, colocando um pouco no chácara coronal, dizendo, que esta água também usada no batismo, possa te purificar e que a tua evolução seja rápida e segura, e finalmente faz um pequeno ponto no chão na frente de cada cabeça e encosta a pemba no chácara coronal, dizendo, que as energias e vibração do ponto riscado, da tua entidade, possa te proteger dando a firmeza e sabedoria, nos trabalhos mediúnicos, sempre ligados o espírito e a matéria, firmando a tua entidade
Pede para levantarem, e os abraça, durante o ritual todos estavam cercados pelas entidades incorporadas. E na vibração de toda a corrente a cambona canta o ponto de cada entidade, para que as mesmas tomem seus médiuns. Todos incorporados a Entidade dirigente solicita a cambona uma atenção especial às mesmas não permitindo consulta durante o ano, somente no atendimento de passes, e ordena a entrada da assistência para os trabalhos normais de caridade, que após o atendimento a todos a entidade dirigente solicita a cambona para cantar os pontos de subida, até ao final destes pontos, todos os médiuns incorporados devem desincorporar.

Pontos finais do ritual de caboclo
- Os caboclos já vão subindo,
Eles vão para suas moradas,
Os caboclos já vão subindo,
Eles vão para suas moradas,
Abençoa meu Pai
Proteção para sua banda
Abençoa meu Pai
Proteção para sua banda.

- O virgem Maria como é linda flor
Celeste harmonia, dulcíssimo amor.
Mandai a nossos lares, as Bênçãos de Deus.
Rainha dos mares da terra e do céu
Em risos encobrem, Maria os seus dons.
Tesouro dos pobres, riqueza dos bons.
Mandai a nossos lares, as Bênçãos de Deus.

- Santo Antonio, que é de ouro fino.
Arreia a bandeira, que vamos encerrar ( 3 X)

- Com a chave de São Pedro
Vamos encerrar nosso trabalho,
Com a chave de São Pedro
Vamos encerrar nosso trabalho,
Salve o povo de aruanda,
(padroeiro da casa) são os nossos protetores
Salve o povo de aruanda,
(padroeiro da casa) são os nossos protetores.


O diretor espiritual, pergunta a todos da corrente, como estão.
- E todos respondem muito bem na graça de Deus
- Que vocês sempre possam dizer que estão muito bem e que Deus e as sete linhas de Umbanda permitam que melhor ainda possam ficar.
Somente incorporados a três entidades dirigentes, sendo as primeiras a incorporar na seguinte ordem, primeiro o diretor espiritual que esta no centro entre as duas, a segunda é a que ocupa o lado esquerdo do altar e,do lado direito a terceira, somente depois dessas entidades chegarem é que a corrente esta liberada para receber seus guias. Na subida se dá em ordem contraria, a primeira e a da direita para finalmente ser a do centro como a última, estes atos fazem parte do ritual da magia e é muito importante, porque como diretor é o responsável pelo trabalho, vem em primeiro com sua falange para preparar o ambiente, e no final seu povo examina e abençoam individualmente todos que estão na corrente.
Em nome de Deus e de Jesus, e dos espíritos santos, sarava a todos os Orixás, salve as sete linhas de Umbanda, salve os nossos patronos (nome do patrono), pedimos a proteção de nossos anjos de guarda, nossos guias espirituais, para encerrarmos mais uma sessão de consagração sacerdotal, que assim seja.

– Pai nosso que estais em toda parte, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no espaço e em todos os mundos habitados. Dai-nos hoje e sempre o pão do corpo e da alma. Perdoai, as nossas faltas, dai-nos o sublime sentimento de perdão a todos que nos ofenderam, não nos deixais sucumbir às tentações da matéria, nem dos maus espíritos. Enviai-nos um raio da vossa santa e divina luz. Que assim seja.

Os médiuns dirigentes, fala em um tom claro e pausado, Pai, agradecemos por mais esta oportunidade, agradecemos pela saúde e pela disponibilidade de poder estar trabalhando em teu santo e sagrado nome, permita pai que sempre possamos ser merecedor destas mesmas condições e de trabalhar em teu santo e sagrado nome e nas energias das sete forças de Umbanda e de toda a nossa corrente, e a apagarmos as velas e a luz do triangulo, agradecidos que somos vamos dizer salve todos os Orixás. A apagam as três velas, mantendo acessa a de Oxalá, a cambona começa a cantar o ponto para bater cabeça, de três em três médiuns deitam na frente do conga, batendo sua testa em cima dos três pontos dos dirigentes espirituais.


E veio lá de aruanda,
Veio cumprir sua missão,
E todos filhos de Umbanda,
Batem cabeça no chão,
E veio lá de aruanda,
Veio cumprir sua missão,
E todos filhos de Umbanda,
Pedem a sua proteção.

Após todos baterem suas cabeças, o médium oficiante, pega a vela do Oxalá, e solicita que todos os novos médiuns façam seus pedidos e apagam a vela no centro do triangulo, todos os médiuns rodeiam os escolhidos colocando a mão direita sobre o ombro direito do médium da frente e este toca da mesma maneira no homenageado, ficando todos em contato e vibrando para que os pedidos possam ser alcançados, podendo ser em voz alta ou mentalmente, que no final da sua solicitação apaga a vela e é devolvida para o diretor que deposita no altar e todos se abraçam formando um grande circulo, cantam.
Nossa vida é um barquinho,
Que navega em alto mar,
Meu Piloto é Jesus e nossos guias,
São (patrono do templo).
E assim cada retornam ao vestiário, para trocar de roupa e retornar aos seus lares.

Um comentário:

  1. Sr.KOROL que prazer ler o seu site,sou sua fã
    o meu filho Pedro o tem como amigo,adorei tudo
    que o senhor escreveu,copiei o Pai Nosso.
    Espero o dia de conhecê-lo,tenho muito que
    aprender com o senhor.Um abraço,Fatima Ache

    Meu e-mail é mariafatimaache@gmail.com

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